COMO A ESCOLA TRABALHA OS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA?

COMO A ESCOLA TRABALHA OS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA ?

Nos tempos atuais, o debate sobre direitos da criança ampliou-se e quase que inevitavelmente, trazendo discussões sobre o papel da educação e da escola neste processo, principalmente no que se refere a estas questões envolvidas no cotidiano escolar.

Respeitar a criança e os seus direitos implica em saber ouvir os pequenos, saber seus desejos, seus medos, suas angústias, sonhos etc. Para tanto, é importante que a escola e o professor estejam abertos para isso.

Quando ouvimos nossos alunos, podemos obter informações preciosas sobre seus sentimentos, percepções, concepções que muito podem nos auxiliar no processo de interação entre educador e criança.

Assim, o que significa dizer que queremos trabalhar com direitos da criança na Educação?

A base para esse trabalho deve ter principalmente a formação de uma cultura que respeite a dignidade humana através da vivência de valores como liberdade, justiça, solidariedade, igualdade, cooperação e paz.

Assim, a maioria das escolas não cria uma nova disciplina tratando deste tema, mas inclui no currículo do Ensino Fundamental, conteúdos que tratem dos direitos das crianças e adolescentes, tendo o ECA como diretriz, trabalhando a questão nas disciplinas que já existem, tornando o Estatuto presente no dia-a-dia da escola.

Contudo, ainda torna-se necessário fazer conhecer os direitos da criança, e nada melhor do que começar nas escolas, sensibilizando professores e alunos. Quando os educadores desconhecem o conteúdo do Estatuto, perdem a chance de usar a lei em favor das crianças e a defesa da infância.

Dessa forma, palestras, vídeos, entrevistas, oficinas e projetos fazem parte de algumas das estratégias que as instituições escolares utilizam para trabalhar os direitos da infância na educação.

Numa escola de rede municipal, o Estatuto da Criança e do Adolescente não aparece apenas nos cartazes e desenhos colados nas paredes do pátio ou nos trabalhos escolares elaborados pelos alunos da instituição, mas está também nas conversas dos alunos, nos debates realizados e, principalmente, em suas atitudes. Depois de estudarem os direitos em quadrinhos do cartunista Ziraldo e em reportagens e materiais elaborados pela professora, os alunos mostram que estão por dentro de seus direitos – e dos deveres, também. “A gente leva para casa tudo o que aprende sobre o Estatuto aqui”, garante Brenda. O colega Felipe conta que já teve que explicar para muita gente o que é o Estatuto.